Marielle Franco, Genocídio Negro E O Brasil Que Retroce

16 Dec 2018 10:07
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<h1>Mestrado Profissional Em Recursos H&iacute;dricos</h1>

<p>Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, foi assassinada pela noite desta quarta-feira (14), aos 38 anos. Frente &agrave; interven&ccedil;&atilde;o federal pela seguran&ccedil;a p&uacute;blica, no Rio, ela ficou ainda mais em evid&ecirc;ncia e foi nomeada relatora da comiss&atilde;o de representa&ccedil;&atilde;o que acompanhar&aacute; tal a&ccedil;&atilde;o. Concursos Selecionam Pra 3,seis 1000 Vagas Com Sal&aacute;rio De At&eacute; R$ vinte e dois 1000 , antes que iniciasse este trabalho, foi morta a tiros.</p>

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<p>Marielle deixa companheira, Monica Benicio, e filha, Luyara Santos. “N&atilde;o temos mais direito nem de combater pelo certo &agrave; exist&ecirc;ncia. Em raz&atilde;o de &eacute; isso o que acontece: efetiva&ccedil;&atilde;o, queima de arquivo”, diz Marcia Jacinto, que era amiga pessoal de Marielle. Os caminhos de ambas se cruzaram em meio &agrave; &aacute;rdua luta que Marcia travou contra a Justi&ccedil;a, pra que os homens que mataram teu filho fossem julgados. A caminho do vel&oacute;rio da amiga, Marcia nos ilustrou que ainda n&atilde;o havia conseguido aprender mais essa perda, mais essa realiza&ccedil;&atilde;o de um dos seus. “Minha amizade, meu carinho e meu respeito pela Marielle ser&atilde;o eternos. ] e observar ela”.</p>

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<li>Faculdade Maim&oacute;nides</li>
<li>Escola Federal de Vi&ccedil;osa (UFV)</li>
<li>07/07/2018 16h38 Atualizado h&aacute; sete horas</li>
<li>9 Instituto de Filosofia e Ci&ecirc;ncias Humanas (IFCH)</li>
<li>Carreira acad&ecirc;mica zoom_out_map</li>
</ul>

<p>Do mesmo modo que Marcia, a pol&iacute;cia tamb&eacute;m acredita que Marielle tenha sido executada, que ela estava marcada pra morrer e n&atilde;o foi v&iacute;tima de um crime comum, desses gerados pela dureza crescente no nosso na&ccedil;&atilde;o. A vereadora foi atingida com 5 tiros na cabe&ccedil;a, todos mirados em sua dire&ccedil;&atilde;o. Dona Geralda Vence O Concurso Miss Bumbum Melhor Idade O Dia , o motorista Anderson Pedro Gomes tamb&eacute;m acabou sendo morto, todavia n&atilde;o era o alvo.</p>

<p>Por todo Brasil - e bem como no exterior - o assassinato de Marielle est&aacute; gerando como&ccedil;&atilde;o. Mesmo por isso, pela trincheira das redes sociais, a realidade &eacute; outra. Em todo lado ecoam coment&aacute;rios de &oacute;dio, citando que a vereadora “ironicamente foi falecida pelos bandidos que ela mesma defendia”. “ Acesse 8 Universidades Que Ir&atilde;o Te Deixar Mais Pr&oacute;ximo Do Seu Sonho Profissional querem o retrocesso do Brasil.</p>

<p>Retrocesso esse que de imediato est&aacute; acontecendo. A na&ccedil;&atilde;o n&atilde;o est&aacute; mais doente, ela prontamente est&aacute; agonizando. Mulheres negras dificilmente ocupam cargos de poder e, al&eacute;m disso, Marielle defendia todos aqueles que n&atilde;o tinham voz, sem horror de fazer den&uacute;ncias. Por isso foi calada”, diz Leci Brand&atilde;o, deputada estadual de S&atilde;o Paulo, pelo PCdoB, e s&eacute;rio ativista negra.</p>

<p>“UPP: a redu&ccedil;&atilde;o da favela a tr&ecirc;s letras”, este foi o t&iacute;tulo da disserta&ccedil;&atilde;o de Marielle quando fez mestrado em Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica pela Institui&ccedil;&atilde;o Federal Fluminense. Por discursar sem rodeios que as Unidades de Pol&iacute;cia Pacificadoras seriam ferramentas de um massacre nas favelas e por continuamente denunciar policiais truculentos, Marielle era tachada como defensora do crime. Mas o que a vereadora defendia era o final do genoc&iacute;dio da popula&ccedil;&atilde;o negra. E &eacute; de fato legal jurar que o Brasil est&aacute; diante de um genoc&iacute;dio?</p>

<p>Luciane Rocha, doutora em Antropologia Social e Estudos da Di&aacute;spora Africana pela Universidade do Texas e pesquisadora de p&oacute;s-doutorado pela Institui&ccedil;&atilde;o de Manchester, explica que sim. “Dizer que a popula&ccedil;&atilde;o negra vive um genoc&iacute;dio tem a ver com a hist&oacute;ria da forma&ccedil;&atilde;o do Brasil e tem a ver de perto com uma observa&ccedil;&atilde;o da realidade atual.</p>

<p>A hist&oacute;ria da gera&ccedil;&atilde;o do Brasil &eacute; anti-negra, anti-negritude. A Pol&iacute;cia Militar do Rio de Janeiro foi desenvolvida para conter a massa da popula&ccedil;&atilde;o de escravos e ex-escravos pra proteger a Corte. O que n&oacute;s vemos ao longo dos anos &eacute; um refinamento, uma atualiza&ccedil;&atilde;o das pr&aacute;ticas que eram implementadas aos escravos e ex-escravos e que &eacute; utilizada at&eacute; os dias hoje”.</p>

<p>Luciane concentrada pro epis&oacute;dio de que o conceito de genoc&iacute;dio &eacute; pol&iacute;tico e anal&iacute;tico. “Mas imensos pesquisadores indicam que, se n&oacute;s formos observar os detalhes e as decorr&ecirc;ncias do que est&aacute; sendo implementado pelo Estado Brasileiro oferece para enxergar nitidamente que o alvo &eacute; a popula&ccedil;&atilde;o negra”. Segundo Luciane, isso pode ser percebido n&atilde;o apenas em a&ccedil;&otilde;es que resultam em homic&iacute;dio, todavia assim como na observa&ccedil;&atilde;o de perguntas como a da hostilidade obst&eacute;trica, como por exemplo. Ao O Est&iacute;mulo Da Profissionaliza&ccedil;&atilde;o Pela Organiza&ccedil;&atilde;o Familiar das UPPs e denunciar a pol&iacute;cia, Marielle estava batalhando contra esse genoc&iacute;dio, n&atilde;o defendendo a impunidade de quem comete crimes.</p>

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